terça-feira, 16 de agosto de 2011

Iluminismo às avessas?

Será que estamos em pleno século XXI vivendo um iluminismo às avessas? Vivemos uma era na qual a luz de Cristo tem alcançado milhares de corações em todo o mundo. Corações tem sido regenerados e mentes tem sido iluminadas com a verdade do Evangelho. Acontece que o 'homem' de Deus tem ganhado mais espaço nas igreja e no meio dos cristãos do que o próprio Deus.

Não nos enganemos. O centro da teologia é Cristo e não o homem. O homem, por mais 'sábio' e eloquente que seja, recebe de uma fonte a sua sabedoria. Se estiver debaixo do império desse mundo, a sua sabedoria será humana, terrena, diabólica. Mas se tiver sido transportado do império das trevas para o reino de Deus, através de Jesus, receberá da sabedoria do alto, que é pura, pacifica, cheia de misericórdia e bons frutos. (Tiago 3.14-18)

Muitos parecem sábios aos seus próprios olhos. Conselhos via facebook, twitter e outras redes sociais é o que mais tem atualmente. Mas toda 'pérola' de sabedoria fora dos padrões bíblicos é diabólica, humana, apesar de vinda de 'homens' de Deus. Um pouquinho de fermento leveda toda massa. Uma meia verdade no meio da verdade a torna mentira.e quando não detectada contamina.

Nessa era tecnológica onde fazer 'seguidores' é uma missão para milhares, por outro lado o desafio da igreja é fazer discípulos, seguidores de Cristo e não dos homens. Temos que combater todo conselho mentiroso e verdades humanas. Utilizamos para isso armas que não são carnais, mas espirituais e poderosas em Deus para destruir todo o conselho e tudo o que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando o nosso pensamento cativo à obediência  de Cristo.

"Porque nada podemos  contra a verdade, senão pela verdade. " (2 Coríntios 13.8).
"Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." (João 17.17)

domingo, 14 de agosto de 2011

Entendimento da Cruz de Cristo

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."  (Gálatas 2 : 20)

Lendo o livro a Vida que Vence, de Watchman Nee, tenho sido bastante mexida interiormente principalmente pela forma como ele aborda o pecado e como vencê-lo. De longe é uma literatura de massagear o ego, induzindo-nos a ter um encontro conosco para sermos 'libertos' do pecado. Isso é muito perigoso porque tudo o que é feito pela força do próprio braço gera frustração ou insatisfação quando algo não é alcançado ou não se alcança o desejado. Por isso, alguns estão infelizes e frustrados por tanto lutar contra o pecado e, por fim, serem vencidos por ele. Deus deu um 'zoom' na palavra e conceito de Cruz de Cristo para que pudesse entender sobre as questões que envolve o pecado e o nosso eu.

Uma dos aspectos que mais me marcou no livro foi o fato de várias pessoas que tiveram a experiência do novo nascimento procurarem a ajuda de Nee por se verem vencidas pelo pecado e dizerem que não aguentavam mais lutar contra um vício, ou pensamento impuro, a ira, entre outros pecados por ele listado. Romanos 6.14 parecia 'não funcionar', ou pelo menos, 'com eles não surtia efeito algum'. "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, e sim da graça." Como pode isso se toda a Palavra de Deus é a verdade?

 Lei é Deus exigindo que o homem faça algo. Para quê? Para mostrá-lo que sozinho não é capaz de romper com o pecado ou viver a Sua santidade. Graça é o favor de Deus para o homem. Significa que Deus fez algo pelo homem que ele não merecia ou mesmo não era capaz de fazer. Somos salvos pela graça, ou seja, não merecíamos o perdão de Deus mas ele se fez justiça em nosso lugar, morrendo a nossa morte, para que possamos viver a sua vida. 

A morte de um injusto ou pecador não era capaz de aplacar a ira de Deus em relação ao pecado da humanidade. Não éramos capaz disso. Porém, pela morte de um justo, a saber, Jesus Cristo, homem,  filho de Deus, toda a humanidade que estava condenada a separação eterna de Deus passou da morte para a vida, pela fé na obra redentora de Jesus Cristo na cruz do Calvário, onde ele levou sobre si mesmo o nosso pecado, as nossas dores e todas as doenças. O castigo que nos estava reservado estava sobre Ele naquele momento. 

Como podemos então ser salvos pela fé e continuar na lei tentando ser melhor para Deus ou fazer aquilo que Ele deseja na força da nossa vontade? É IMPOSSÍVEL! Por isso a CRUZ. Sem a morte e ressurreição de Jesus de nada adianta o evangelho. Não há evangelho sem cruz. Não há evangelho sem entendimento de cruz. Sem entendimento do sacrifício de Jesus na cruz não conseguiremos lidar com as mazelas do pecado. Corremos o risco de viver uma vida de aparência na igreja como um 'bom religioso' que não abre mão de mostrar a sua santidade, enquanto nos bastidores, o pecado tem 'ganhado' de 1000 x 0. Chega! É momento de nos voltamos para a essência do evangelho da cruz!

O apóstolo Paulo deixou registrado: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl. 6.14). Afinal, o que a cruz de fato tem a revelar a humanidade? Se você for pensar, de longe nesse texto Paulo se referia à cruz como um pedaço de madeira. Porque pedaço de madeira ou algum outro material pode mudar a vida de uma pessoa. Isso seria idolatria. Paulo, antes, Saulo sabia muito bem o que era ser um fariseu de fariseus, um homem letrado, conhecedor da lei a fundo e perseguidor da igreja. Através de um encontro com Cristo, sua condição de pecador e cegueira lhe foram revelados, para que os seus olhos fossem abertos para a graça de Deus.

A cruz era uma lugar destinado para mim, porque com o pecado eu morri, ou seja, separei-me de Deus. O salário do pecado é a morte. Adão pecou e pelo pecado de um todos pecaram. Cruz é um lugar de morte para pecadores, mas para Cristo foi lugar de triunfo (Colosssenses 2.12-15). Aqueles que estão em Cristo, que o receberam pela fé, a cruz é lugar de ressurreição para uma nova vida. e também de triunfo. Jesus morreu a minha morte, para que eu possa viver a sua vida. O poder de Deus o ressuscitou dentre os mortos e Nele nos tornamos santos, não por regras ou rituais, mas pela obra consumada na cruz.

Paulo disse que estava crucificado com Cristo e quem vivia não era mais ele, mas Cristo Nele (Gálatas 2.19-20). Jesus já lidou com o 'problema' do pecado, que nós por nós mesmos não conseguiríamos resolver, agora temos que deixar Cristo reinar, viver em nós. Isso é viver por fé. Não que eu posso alguma coisa, mas Ele pode e já fez por mim. O que eu preciso fazer é receber esse favor e andar segundo a graça.  Se não somos nós que vivemos mais, mas Cristo, porque tentar agradar a Deus na nossa vontade quando temos apenas que viver pela fé no que Jesus já fez por nós? O apóstolo também dizia que o bem que ele queria fazer não fazia, mas o mal, isso ele fazia. A sua pergunta era quem o livraria do corpo dessa morte. A resposta ele já conhecia: Jesus Cristo. 

Por fim, tomar a nossa cruz e seguir a Cristo (Mateus 10.38)  não significa morrer nos nossos pecados, mas suportar as aflições e provações desse mundo por causa da fé em Jesus. Nós somente o amamos porque Ele nos amou primeiro. Nele está o querer e o realizar (Filipenses 2.13). Não temos que alcançar ou buscar ter uma vida vitoriosa, mas simplesmente recebê-la. NÃO MAIS EU, MAS CRISTO. Esse é o evangelho que liberta: não mais o meu eu, mas Cristo vivendo em mim!


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Para onde correr desse amor?

Tem amor que corremos para ele. Mas, 'tem outro', que corremos dele. Pode parecer mais fácil correr para os braços de uma pessoa do que para os braços de Deus. Quando demonstrações nos são dadas de amor sentimos amados de fato. Declarações, presentes, tempo disponível, ou  um abraço faz com que, muitas vezes nos entreguemos tão facilmente a esse 'amor'. 

Para ser mais específica, muitas vezes corremos do amor de Deus por pensarmos que Ele não nos ama, devido nos sentirmos sozinhos, vazios, desamparados em meio a dor e aflições, inúteis, sem propósito para a nossa vida. Mesmo diante de textos como Isaías 49.15 "Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti", parece que nada muda dentro de nós.

Porém, se os homens que são 'maus' sabem abençoar os seus filhos, quanto mais o nosso Pai que está no céu, o nosso Criador. Ele também demonstrou publicamente o verdadeiro e maior amor que é dar a vida por um pecador, ou seja, por mim! Jesus, na cruz foi exposto diante de autoridades, homens e mulheres de vários níveis sociais e idade, levou sobre si o pecado, o mal, para preencher esse vazio de viver sem a presença Dele.

E, embora essa demonstração tenha acontecido há mais de dois mil anos, ela continua acontecendo todos os dias de nossa vida, porque o mesmo Jesus que morreu, ressuscitou ao terceiro dia, e hoje revela o seu amor a todo aquele que se entrega a Ele. Nas mínimas coisas, percebemos que Ele se revela por detrás de atitudes de afeto de pessoas, quando não fala diretamente ao nosso coração e a sua Palavra deixa de ser meramente letra, para ser viva, ou seja, que bate e pulsa dentro de nós.

Diante disso, quero correr para esse amor. Não há lugar, como disse o salmista, que  possa se esconder desse amor. Deus é amor. O amor é Deus. Não importa se em um quarto escuro, lá Ele está, não importa se em prisões internas ou externas, comigo também está, em meio a incapacidades e fracassos morais, Ele se revela como aquele que ama e toca quem ninguém quer mais tocar.

Por mais que o neguemos, Nele está o sim para a verdadeira vida, aquela que Ele planejou para nós, na qual há somente planos de paz e não de mal. Mesmo dizendo não te quero, Ele não muda de idéia a nosso respeito. Posso até imaginar a sua doce voz dizendo 'você foi e sempre será amado por mim', ainda que escolhamos andar por caminhos que não são bons.

Ele nos cerca por tráz e pela frente, coloca-nos como uma galinha, debaixo de suas asas onde somos acolhidos, aquecidos e também alimentados. Ao invés de correr desse amor, temos que correr para Ele e captar nas mínimas coisas do dia-a-dia  que o seu afeto por nós é fiel, despretensioso e verdadeiro. O Senhor é totalmente amável!

 

domingo, 1 de maio de 2011

A liderança e a identidade de Jesus e Paulo

Beira quase o impossível começar a comentar sobre a liderança de Jesus e de Paulo sem se atentar a questionamentos que fazermos no que tange a ‘liderança’. A pergunta que tende a vir na nossa mente é: todos são líderes ou somente alguns nasceram para liderar? Por vezes é difícil desvencilhar a imagem dos liderados como pessoas inferiores e o líder como um ser superior, dotado de capacidade especial, que desfruta de privilégios e benefícios quase inalcançáveis por seus liderados.

Esse ‘modelo’ de liderança baseado no domínio, controle e opressão do homem sobre outro homem foi fortemente rebatido por Jesus em suas palavras. Muitos vêem Jesus como o líder mais influente da história, e de fato Ele é. Porém, Ele é muito mais do que isso. Ele é o Filho de Deus que veio revelar e restabelecer na terra o governo de Deus conforme o seu propósito original. A verdadeira liderança alcança o natural, mas os seus princípios são espirituais.

Jesus deixou claro a vontade de Deus em Mateus 20.25-20: "Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos."

No princípio, Deus criou o homem para se relacionar com Ele e com o restante da criação de forma plena (Gênesis 1 e 2). Deus serviu o homem de si mesmo ao criá-lo a Sua imagem e semelhança. Isso implica que o modelo e o critério da criação do homem foi o próprio Deus e aquele agiria à semelhança do seu Criador. A capacidade de dominar dada ao homem é algo inerente ao próprio Deus (Gênesis 1.26) e se estende ao que foi criado, com exceção do próprio homem. Da mesma forma, Deus não criou o homem para dominá-lo, no sentido de manipular segundo os seus interesses, mas o deixou livre para ser com Ele co-criador e fazer as escolhas individualmente.

Com o pecado veio a morte espiritual do homem e sua separação de Deus e, conseqüentemente, a perda gradativa dos valores divinos no seu interior. O homem passou a estabelecer uma relação de domínio e poder (Gênesis 3.16). A morte e ressurreição de Jesus e posteriormente o envio do Espírito Santo para habitar ‘naqueles’ que crêem em sua obra salvadora, trouxe novamente o domínio e o governo de Deus ao coração do homem, que pode seguir a vontade e os princípios do próprio Deus para se relacionar com Ele e com o outro.

Embora tenhamos o potencial para liderar, o fato é que precisamos ser aperfeiçoados à luz da Palavra de Deus sob a direção do Espírito Santo. Jesus, mesmo sendo Deus, em sua humanidade precisou seguir todo um processo para se tornar o Autor e Consumador da nossa fé (Hebreus 12.2). Temos que ter uma compreensão clara de que liderança não está associada diretamente a um cargo, mas a influência que uma pessoa exerce sobre a outra, tanto no modo de pensar e agir. Jesus foi além ao revelar-se como o filho de Deus, o rei tão esperado pelos judeus, sem a segurança de um cargo político, das riquezas, das letras e do apelo popular, e mesmo assim influenciou e influencia toda uma geração. Filhos de Deus são gerados em Jesus (João 1.12) e discípulos são feitos até hoje e será assim até a volta de Cristo (Mateus 28.29).

A segurança de Jesus estava em ser quem ele era e é e ter a convicção disso. A identidade de Jesus estava no Pai e a do Pai nele e foi afirmada após o batismo nas águas e o início de sua missão. "E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3.17). Trazendo para a nossa realidade, influenciar está diretamente ligada a minha identidade, em saber quem eu sou em Deus, qual o meu propósito. Jesus, ao vir a terra, mesmo sendo Deus, esvaziou-se de si para assumir a forma de servo, homem (Filipenses 2.7).

Um dos maiores questionamentos das pessoas chamadas para levar adiante um propósito divino está relacionado à identidade. Escolhidos por Deus questionaram a si mesmo, o próprio potencial, e se viram inferiores ao chamado. Sentiram-se inseguros, insignificantes, despreparados ao olharem para si e para as condições externas. Foi assim com Moisés, Saul, Gideão, Salomão, Jeremias e outros líderes. Deus foi a resposta para todas as limitações do homem.

Algumas vezes olhamos para as pessoas e pelas suas próprias habilidades declaramos que ela já é um líder nato. Outras vezes olhamos e aparentemente não vemos nada que seja atrativo. Em outro momento, a própria pessoa não se vê como capaz de ser um instrumento para conduzir outras pessoas a um objetivo. A Palavra diz que Deus não vê como o homem vê, porque Deus não vê o que é exterior, mas o coração (Samuel 16.7) e que Ele ‘escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são’ (1 Coríntios 1.27-29).


Quem era Jesus e Paulo?

Jesus veio ao mundo como o cumprimento de profecias (Mateus 1.21-23). É um nome judaico comum entre os homens, porém com um forte significado ‘Ele deverá salvar’, a transliteração grega do hebraico Yeshua, que é a forma abreviada de Yehoshua (Josué), ‘Javé é a salvação’ (Dicionário Strong 2424). Dado por Deus a Maria, por intermédio de um anjo (Lucas 1.31), o nome Jesus ao mesmo tempo que identifica-se com a humanidade, projeta a vontade de Deus aos homens de salvação (João 12.47). Deus fez desse nome, um nome sobre todos os nomes (Filipenses 2.9).

Também não havia nele atributos externos que eram atrativos (Isaías 53:3). Para os líderes religiosos, Jesus era o filho do carpinteiro. "Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?" (Mateus 13.55). Para uns Jesus era Elias, para outros João Batista, outros pensavam até mesmo ser Ele Jeremias ou algum dos profetas. Contudo, quando pediu a seus discípulos que respondessem quem era, ouviu de Pedro a seguinte declaração: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’ (Mateus 16.13-17). Nesse instante Deus revelou ao seu discípulo a identidade espiritual de Jesus como o Ungido de Deus, o Messias.

Antes de ter o nome mudado para Paulo, os seus pais colocaram o nome de Saulo, inspirado no rei Saul, que significa ‘Pedido a Deus’. A Bíblia descreve Saul como um homem muito belo e alto “desde os ombros para cima sobressaía a todo o povo” (1 Samuel 9.2). Os pais projetavam em Saul a imagem de Saulo, e, em contrapartida, esse veio a exceder, não na altura, mas no judaísmo a muitos da sua idade (Gálatas 1.14). Saulo trazia em seu nome a identidade e a missão de ser grande devido ao elevado nível de conhecimento e por lançar na prisão cristãos. Assim sucedeu até ter um encontro com Jesus no caminho de Damasco, onde iniciou uma virada em sua vida.

Saulo era natural de Tarso, capital da Cilícia (Atos 21.39), cidade rica e altamente culta. Era fariseu (seita política religiosa mais estreita e zelosa da lei de Israel) por vínculo familiar (Atos 23.6) e herdou o título de cidadão romano do pai. Ele cresceu na cúpula da administração judaica, chegando ao Sinédrio. Paulo fez ‘seminário’ com Gamaliel (Atos 22.3). Pelo seu zelo à lei, tornou-se perseguidor dos cristãos.

A Bíblia não relata o momento exato no qual o nome de Saulo foi mudado para Paulo, mas todos esses fatos que davam motivos para Paulo gloriar-se em si mesmo, considerou perda por causa de Cristo (Filipenses 3.4-7). O encontro real com Deus resultou não somente a Saulo mas a outros a troca do nome, para que na nova missão representasse quem ele de fato é, como Deus o via. Foi assim com Jacó (Usurpador) que passou a se chamar Israel (nome que representa uma nação); Abrão (Pai Exaltado) passou a ser Abraão (Pai de Multidões) e Sarai (Contenciosa) chamou-se Sara (Princesa).

A identidade do Pai Celestial foi impressa em Saulo que teve o nome mudado para Paulo, que quer dizer ‘Pequeno’. Ele mesmo declarou: "Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus." (I Coríntios 15.9). Fortes foram as palavras do Senhor ao seu respeito, como Ele o via: “este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (Atos 9:15).

Tanto Jesus como Paulo influenciaram o mundo de acordo com a identidade e o propósito de Deus gerado neles.